terça-feira, 7 de julho de 2015

O romance da redenção


A história de Elimeque é a história de um drama familiar carregada de choro, decepção e desespero.

O resumo da história. Elimeleque e a sua esposa Noemi, por motivo de falta de sustento na sua terra, emigram. Elimeleque e os seus dois filhos morrem na diáspora e confrontada com a necessidade de voltar à sua terra Noemi conversa com as suas noras e uma decide voltar para casa dos seus pais mas Rute decide ficar com a sua sogra.

A história é também a história da nossa redenção. Dentro de uma história há uma outra história ainda maior. Nesta história cabe também vários momentos proféticos que irão acontecer uns anos mais à frente.

A história desta família israelita cruza-se também com outro povo, os moabitas.

Quem eram os moabitas? Os moabitas são descendentes de Ló, sobrinho de Abraão. As filhas de Ló, na precipitação de terem filhos provocaram uma relação incestuosa com o seu pai. Os moabitas foram desde então sérios inimigos de Israel e sempre que os homens de Israel se misturavam com as mulheres moabitas havia graves consequências para Israel. Porém, agora são duas mulheres moabitas que casam com os israelitas.

No fim do capitulo 1 encontramo-las já em Israel no fim das sega, sem comida, sem herdeiros, sem proteção, sem futuro.

E é assim muitas vezes na Bíblia e na nossa vida: Deus monta um cenário de desgraça e destruição para depois montar um novo palco completamente diferente e de triunfo.

Não perca isto, porque esta é a mensagem da Bíblia: produzir uma mudança completa em cada um de nós individualmente. Há momentos em que parece que Deus está longe e não há qualquer esperança, mas Ele está lá! Deus pode, inclusive, estar a trabalhar para a tua própria satisfação.

Então o palco do romance é montado, no cap. 2:1, Boaz aparece em cena.

Duas características de Boaz:
- Ele é relevante na família de Elimeleque;
- Ele é um homem respeitado na sociedade.

Há uma referência relativa à sua pessoa: rico e influente.

No v. 2. Rute decide ir para o campo. “Eu vou”. Ela não sabia o que poderia conseguir e certamente estava consciente de que poderia ser alvo de desprezo e afronta por ser moabita.

Mas é isto que Rute faz. No seu desespero vai a um terreno desconhecido e expõe-se a lidar com trabalhadores homens que não conhece e humildemente recolhe as espigas e os grãos propositadamente deixados para trás.

Deus tinha previsto na sua Lei uma forma de os pobres terem a sua provisão consentindo que eles pudessem apanhar nos campos os restos das searas.

Deuteronómio 25.5-6 “O que nascer de si mesmo da tua sega não segarás, e as uvas da tua vide não tratada não vindimarás; ano de descanso solene será para a terra. Mas os frutos do sábado da terra vos serão por alimento, a ti, e ao teu servo, e à tua serva, e ao teu jornaleiro, e ao estrangeiro que peregrina contigo.”

Por “casualidade…”, “acontecendo unicamente por sorte…”, “foi uma coincidência” ela ter entrado no campo de Boaz..

Rute 2:3 “Foi, pois, e chegando ao campo respigava após os segadores; e caiu-lhe em sorte uma parte do campo de Boaz, que era da família de Elimeleque.”

Mas nada acontece por “sorte”. Os milagres que acontecem na nossa vida não são provocados por nós, se fosse assim não seriam milagres. Aquilo a que chamamos acidentes, coincidências, são na verdade a provisão de Deus para a nossa vida.

Tudo acontece por designação. Cada detalhe na nossa vida e na daqueles que temem a Deus, foi pensado e sonhado pelo criador em nosso favor. Deus É o grande arquiteto do nosso bem e para Sua Glória.

Então “casualmente” Rute entrou na parte que pertencia a Boaz, o qual era da família de Elimeleque.

Rute 2:4 “E eis que Boaz veio de Belém, e disse aos segadores: O Senhor seja convosco. Responderam-lhe eles: O Senhor te abençoe.”

Entra um cavaleiro com a sua armadura reluzente, vestido de vestes reais trazendo a provisão a uma família desmembrada e pobre. Ela está no campo e ele aparece… Parece um filme. É daquelas coisas que nunca acontecem na vida real, apenas nas histórias de romance mais bonitas. É daqueles filmes românticos que fazem chorar e dizer: “isto só acontece nos filmes”!

Não havia rei como ele. Todos os estadistas tremiam diante dele. Ninguém ousava pronunciar uma palavra contra ele, pois este rei possuía a força para esmagar todos os seus oponentes. E, ainda assim, este poderoso rei derreteu-se de amores por uma moça humilde.

Como podia declarar o seu amor por ela? Por ironia, a sua própria realeza, deixava-o de mãos amarradas. Caso a trouxesse ao palácio, lhe coroasse a cabeça com jóias e lhe vestisse o corpo com vestes reais, certamente ela não resistiria – ninguém ousava resistir-lhe.

Mas ela o amaria? É claro que diria que o amava, mas amá-lo-ia de verdade? Ou iria viver com ele temerosa, secretamente se lastimando pela vida que havia deixado para trás? Seria feliz ao seu lado?

Caso fosse na carruagem real na cabana até á floresta como uma escolta armada balançando imponentes estandartes, isso também a atordoaria. Ele não desejava uma súbdita servil, desejava uma amante, uma igual. Desejava que ela esquecesse que ele era rei e deixasse que o amor partilhado vencesse o abismo existente entre eles.”
….

“Pois é somente no amor que o desigual pode ser feito igual”

Soren Kierkegaard


Mas efectivamente nós temos um realizador Divino que está por detrás desta história maravilhosa. Boaz aparece em cena a abençoar toda a gente… e pergunta ao encarregado dos segadores:

Rute 2:5 “Depois perguntou Boaz ao moço que estava posto sobre os segadores: De quem é esta moça?”

O encarregado conta pedido que ela fez e por fim diz: Esta jovem é de MOABE ! Não tem esposo, não tem quem cuide dela. “Está exausta, ainda não parou de trabalhar desde que aqui chegou de manhã.”

O reparo de que ela estaria “exausta” aponta para o facto de que ela terá apanhado pouco, tem a preocupação de apanhar o máximo que conseguir e a necessidade é maior do que comum.

Rute é o retrato de muitos de nós: estamos exaustos, fartos de lutar, ninguém nos ajuda, estamos desesperados e seriamente preocupados com o dia de amanhã.

E é preparado o caminho para a primeira marca do redentor:

I. O redentor procura os destituídos para serem a sua família.

O texto revela-nos que algures no tempo, entre a descoberta da jovem no campo e o diálogo Boaz terá sabido mais do que o diálogo relatado. Boaz terá sabido algures no tempo dessa manhã do que Rute fez com a sua sogra.

Talvez ele tenha regressado para lhe dizer (entre o versículo 7 e o 8): Rute 2:8 “Então disse Boaz a Rute: Escuta filha minha; não vás colher em outro campo, nem tampouco passes daqui, mas ajunta-te às minhas moças.”

“Ouve minha filha… (expressão carinhosa e ternurenta) não vás para outro campo...

E prepara a segunda marca do redentor:

II. Ele salva os destituídos do mal

Era perigoso para as mulheres estarem em situações como esta, especialmente uma estrangeira. Poderia ser abusada e violada. O verso 9 revele isso mesmo: “Não dei ordem aos servos para que não te toquem?”

- “Quando tiveres sede vai às vasilhas e bebe do que os servos tiverem tirado.”

- “Como é que me favorecesses e fazes caso de mim sendo eu estrangeira?”

Ela está maravilhada com a protecção que encontra e do favorecimento com que é agraciada pela colheita. Ela sente-se protegida do perigo pois foi acolhida numa família. Ela não precisava só de alimento, precisava também de protecção do perigo.

Boaz responde:

Rute 2:11 “Ao que lhe respondeu Boaz: Bem se me contou tudo quanto tens feito para com tua sogra depois da morte de teu marido; como deixaste a teu pai e a tua mãe, e a terra onde nasceste, e vieste para um povo que dantes não conhecias.”

Rute 2:12 “O Senhor recompense o que fizeste, e te seja concedido pleno galardão da parte do Senhor Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.”

“SOB CUJAS ASAS TE VIESTE ABRIGAR”…

Em resumo “tu confortaste o meu coração e falaste à minha alma”. Eu estou no fundo da escala social, depois dos teus servos e das tuas servas e mesmo assim me procuraste…

O comportamento de Jesus com uma mulher estrangeira:

Mateus 15:22-28 “E eis que uma mulher cananéia, provinda daquelas cercania, clamava, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim, que minha filha está horrivelmente endemoninhada. Contudo ele não lhe respondeu palavra. Chegando-se, pois, a ele os seus discípulos, rogavam-lhe, dizendo: Despede-a, porque vem clamando atrás de nós. Respondeu-lhes ele: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Então veio ela e, adorando-o, disse: Senhor, socorre-me. Ele, porém, respondeu: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. Ao que ela disse: Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos. Então respondeu Jesus, e disse-lhe: ó mulher, grande é a tua fé! seja-te feito como queres. E desde aquela hora sua filha ficou sã.”

E eis que chega a hora da refeição. V14

Rute 2:14 O Livro (OL) À hora do almoço, Boaz chamou-a: “Vem comer connosco.” Rute veio sentar-se junto dos ceifeiros e ele serviu-a abundantemente, muito mais do que ela podia comer.”

Rute 2:14 (Ferreira de Almeida) “Também à hora de comer, disse-lhe Boaz: Achega-te, come do pão e molha o teu bocado no vinagre. E, sentando-se ela ao lado dos segadores, ele lhe ofereceu grão tostado, e ela comeu e ficou satisfeita, e ainda lhe sobejou.”

Come do meu pão e molha o teu bocado no meu vinho… Uma refeição romântica com pão, vinho e grãos de trigo tostados

Boaz não apenas a senta à sua mesa como a serve. Da sua própria mão ela comeu pão, bebeu vinho e recolheu o que sobrou para levar para a sua sogra. Chocante. Um senhor de elevada posição na sociedade judaica serve uma estrangeira menos importante que os seus próprios servos!

Anos mais tarde o seu bisneto senta também à sua mesa o neto coxo do seu inimigo Saul. II Samuel 9:7 “Então lhe disse Davi: Não temas, porque de certo usarei contigo de benevolência por amor de Jónatas, teu pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai; e tu sempre comerás à minha mesa.”

Boaz está agora a servir a terceira marca do redentor:

III. O Redentor serve os destituídos à sua mesa.

Boaz está a fazer algo que não era normal. O episódio bíblico anterior que me ocorre é o de um governador do Egipto à mesa com os seus irmãos numa refeição de memórias dolorosas. No início da refeição os irmãos de José entraram como estrangeiros e saíram como irmãos.

Outro episódio que me ocorre mencionar é o de Jesus sentado à mesa com o pecador Zaqueu a ser criticados pelos religiosos.

No início do capítulo 2 Rute não tinha comida e agora ela está a ter uma refeição com o senhor da colheita.

A refeição correu muito bem. Boaz terá observado os seus gestos, a sua cara de satisfação e gratidão, tanto que…

Rute 2:15-17 “Quando ela se levantou para respigar, Boaz deu ordem aos seus moços, dizendo: Até entre os molhos deixai-a respigar, e não a censureis. Também, tirai dos molhos algumas espigas e deixai-as ficar, para que as colha, e não a repreendais. Assim ela respigou naquele campo até à tarde; e debulhou o que havia apanhado e foi quase uma efa de cevada.”

Cerca de 135 kg de acordo com alguns especialistas ou 22 kg segundo outros, quando a média deveria ser 0,5 kilo, ou 1 no máximo. Ela terá colhido o equivalente a pelo menos meio salário do mês num só dia.

De regresso a casa ao fim da tarde…

Rute 2:18 “Então, carregando com a cevada, veio à cidade; e viu sua sogra o que ela havia apanhado. Também Rute tirou e deu-lhe o que lhe sobejara depois de fartar-se.”

Agora vejamos pelo lado de Noemi. Uma pessoa amarga, sentada em casa sem poder fazer nada e que envia a sua nora. De repente a sua tristeza é convertida numa alegria em que ela quase se atrofia entre as questões e as respostas. Ela abençoa o benfeitor ainda sem saber quem ele era.

Rute 2:19 “Ao que lhe perguntou sua sogra: Onde respigaste hoje, e onde trabalhaste? Bendito seja aquele que fez caso de ti. E ela relatou à sua sogra com quem tinha trabalhado, e disse: O nome do homem com quem hoje trabalhei é Boaz.”

Noemi de novo exalta o nome do Senhor, afirma que é seu parente próximo e diz que ele é um dos seus resgatadores.

E chegamos ao 4º cenário da redenção:

IV. Ele cobre os destituídos da sua graça

No início do capítulo 1 não há redentor, não há comida, não há família. No final temos provisão para todo o mês e uma família em potencial.

Levítico 25.25 “Se teu irmão empobrecer e vender uma parte da sua possessão, virá o seu parente mais chegado e remirá o que seu irmao vendeu.”

Um resgatador é alguém que pode pagar o preço para nos trazer para a família e prover sustento, alimentação, protecção e vida. Para ser um resgatador, segundo a provisão da Lei, ele tinha de ser alguém com direito de resgatar, um parente próximo, e teria que ter recursos para redimir. Boaz podia portanto pagar o preço da redenção e prover para quem fosse o alvo da sua redenção e tinha que tomar a decisão de redimir.

No início do capítulo 3 Noemi entra em ação e diz a Rute como é que ela tem de fazer depois da cevada ser malhada na eira e especialmente depois do jantar. Ela veste-se com o melhor vestido e perfuma-se para se encontrar com o seu resgatador. O disfarce é tal que ela não é reconhecida na eira por Boaz.

No processo da redenção há um obstáculo e uma vantagem. Ela é moabita mas também já se fala que ela é virtuosa. A desvantagem de ser estrangeira é compensada com virtude.

Vamos parar um pouco, Porque Rute deveria voltar para o campo? A provisão não estava já garantida para o imediato. Sim. Mas há um futuro pela frente que também tem que ser garantido.

Isto revela também a diferença em pessoas que são confrontadas com a adversidade. Mesmo nas piores condições ela foi incansável em fazer o bem. Fez bem à sua sogra; não a abandonou; não foi atrás de um homem qualquer; foi incansável a apanhar os restos que sobravam dos ceifeiros.

Há pessoas que quando têm a barriga cheia e alguns dos seus problemas resolvidos esquecem-se de voltar ao trabalho, para o sol, para novas conquistas.

Boaz aborda outro homem e pergunta-lhe “você gostaria de a redimir?” e o outro diz que claro que sim. Mas Boaz diz-lhe que falta um pequeno detalhe: com Noemi virá também Rute que foi mulher do filho de Noemi e ela é moabita. Ela é descendente de um povo imoral… E o outro responde “Não quero prejudicar a minha herança”

Então Boaz avança. Um bom momento no filme… eu vou redimi-la e trazê-la para a minha família…

- A mulher amarga torna-se numa mulher abençoada;
- A mulher estrangeira casa e eles têm um menino.

Não é um menino comum, o nome dele é Obede que um dia terá um filho que se chamará Jessé, e Jessé gerará a David, e esta história amplia-se na área da redenção deixando de ser apenas uma história de um homem que encontra uma mulher num campo para se tornar na história de um Deus que preserva a linhagem para o seu povo. É a história de um Rei que se encontra com a sua noiva no planeta terra.

Conclusão.

Esta história ocorreu durante a festa do Pentecostes.

Naomi representa de Israel, destituída e sozinha; Rute representa a Igreja, a noiva gentia; Boaz representa o Parente Redentor (Messias) e a história é um prenúncio do relacionamento entre eles.

No seu caminho para redimir Israel, o Parente Redentor toma uma noiva gentia, salvando a ambas da destruição e restaurando a terra de Israel. Pode dizer-se que identificação da Igreja, que nasceu no dia de Pentecostes começou na história de Rute.

Um cenário do Pentecostes no Livro de Rute: Naomi (figura de Israel) desprovida e sózinha; Rute a gentia (figura da Igreja) e Boaz, o Redentor (figura do Messias) que salva a ambas da destruíção e restitui as terras a Israel (Naomi)!

Passados mais de mil anos a redenção da humanidade consumou-se num Rei que veio de Belém para a cruz.

Em Mateus capítulo 1:5 nós encontramos o nome de uma mulher gentia. O que está a fazer uma mulher gentia na linhagem de Jesus? Porque é que ela está lá?

Ela está lá pela mesma razão de que tu e eu estamos aqui. Estamos aqui porque há Um grande redentor. Porque houve um dia em que tu e eu estivemos destituídos de uma família por causa dos nossos pecados, por nos termos afastado de Deus Pai.

O Redentor deixou a sua glória e através da sua morte salvou-nos do mal. Ele tirou-nos de debaixo da ira e acolheu-nos debaixo das suas asas. É ele quem agora nos serve e não temos necessidade de ir a outro campo. Não precisamos de outras coisas, nem maiores nem melhores, porque ele tem toda a provisão que nos necessitamos.

Duas implicações para os redimidos:

1º Fomos cativados pelo mistério da misericórdia.

Avaliemos a nossa vida. Eu pessoalmente nunca tive que me preocupar com água, comida, protecção, família, abrigo, cuidados médicos. Nasci num ambiente que ouvi o evangelho desde o primeiro dia em que nasci. Não decidi o lugar onde nasci. Nasci no hospital de São José rodeado de atenção e carinho.

Mas nascem milhões de bebés cujos pais têm que se preocupar com água e comida para os seus filhos. Eles nascem sem abrigo e sem cuidados médicos. Dois biliões não têm acesso a ouvir qualquer coisa sobre o evangelho e também não escolheram o lugar onde haveriam de nascer.

Então, porquê eu? Porque me foi dada a oportunidade de colher espigas num campo, prometeram-me segurança e sento-me à mesa com o REI?

É um mistério. É uma misericórdia misteriosa. Eu não sei a resposta mas reparo que alguns desperdiçam de forma irresponsável esta oportunidade que Deus lhes dá.

Porque eu? Porque você?

Fomos alcançados pela graça de Deus e agora somos convidados e exercer um ministério de misericórdia.

Implicação nº 2

Nós agora somos compelidos para um ministério de misericórdia. Milhões neste mundo continuam sem esperança e alguns deles estão do outro lado da rua.

Não faremos isso porque nos sentimos culpados, não. Somos compelidos porque fomos redimidos pelo evangelho.

1º Convite.

Se tu és uma pessoa perdida à procura de um campo onde te possas alimentar, então não vás procurar em nenhum outro local.

Do mesmo modo que Boaz disse a Rute para beber água das vasilhas dos seus empregados Jesus quer dizer-te a ti “… Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva.” João 7:37,38

Lembre-se que Rute também tomou uma decisão. Não ficou parada, não ficou acomodada.

2º convite.

Noemi era uma mulher amarga. O desaire familiar tinha arrebentado com toda a sua estrutura emocional. Ela não tinha marido nem filhos que fossem o seu suporte na sua velhice.

Noemi era também a judia desprovida das bênçãos do pão que deveriam haver na casa do Pai. Mas a providência divina alcançou-a. Porventura é o seu caso. Há tantos anos à procura de um consolo do Pai desenvolvendo amargura após amargura sem ainda ter alcançado vitória na sua vida.

O Resgatador quer trazê-lo de volta para a família.

3º convite

O terceiro convite destina-se aqueles que podem ser resgatadores. Que têm capacidade para resgatar a vida de alguém abençoando nalguma necessidade. Peça a Deus que lhe mostre como pode ser um instrumento nas mãos de Deus para abençoar a vida de alguém.

Seja um agente misterioso de misericórdia. Faça alguém perguntar, “porquê eu? Porque te lembraste de mim?”

Quando foi a última vez que você fez algo semelhante? Esta poderá ser a sua oportunidade de ser um resgatador, uma pessoa já abençoada mas agora com carisma, uma pessoa de sucesso mas agora com uma marca que perpetuará na eternidade a sua ação.

Coloque a sua visão naqueles que estão destituídos. Doe parte de si para que alguém um dia possa contar uma história a seu respeito.

O romance da redenção faz com que arrisquemos tudo o que temos e tudo o que somos em favor de alguém.

4º Convite.

O 4º convite é para aqueles que são resgatadores e não quiseram vir à frente.
- É um convite para aqueles que estão cansados do trabalho de resgatar vidas e não têm tido a alegria de ver essa recompensa.
- É um convite para aqueles que se sentem pouco aproveitados no ministério da igreja.
- É um convite para que abras os olhos e vejas que há tua volta há vidas que precisam de um resgatador sem que dependas da admiração dos homens.


Samuel Dias(baseado na estrutura de David Platt): O romance da redenção





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